33 FATOS SOBRE O ESQUECIMENTO GLOBAL Victor Miguel Ponce A Terra se formou há cerca de 4,54 bilhões de anos. No início, a atmosfera da Terra continha muito pouco oxigênio. A vida, em sua forma mais básica, começou a se desenvolver há cerca de 3,7 bilhões de anos. As primeiras plantas começaram a se desenvolver há cerca de 1 bilhão de anos. Por meio da fotossíntese, as plantas absorvem o dióxido de carbono da atmosfera e o retêm na biosfera, convertendo-o em matéria orgânica e liberando oxigênio como subproduto. Ao longo do tempo geológico, o oxigênio foi se acumulando gradualmente na atmosfera, atingindo um valor de cerca de 21% atualmente. Ao longo do tempo geológico, o excesso de matéria orgânica foi sequestrado na litosfera como materiais orgânicos fósseis (carvão, petróleo e gás natural). Os primeiros animais apareceram cerca de 600 a 800 milhões de anos atrás. Os animais operam de maneira oposta às plantas: absorvem oxigênio, queimam matéria orgânica (alimento) e liberam dióxido de carbono como subproduto. Ardipithecus, o gênero mais antigo conhecido da espécie humana, habitou a Terra entre 5,6 e 4,4 milhões de anos atrás. Nos últimos milhões de anos, as condições climáticas frias prevaleceram na Terra. A espécie Homo sapiens surgiu na África há cerca de 300.000 anos. A variedade Homo sapiens sapiens, à qual pertencem todos os seres humanos, desenvolveu-se entre 130.000 e 95.000 anos atrás. A última Idade do Gelo começou a retroceder cerca de 20.000 anos atrás. Cerca de 21.000 anos atrás, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera perto do final da última Idade do Gelo era de 190 ppm. Aparentemente, a revolução agrícola começou na China há cerca de 11.000 anos. A revolução agrícola reduziu a quantidade de biomassa em pé, reduzindo assim a absorção de dióxido de carbono e contribuindo indiretamente, ainda que muito ligeiramente, para o aquecimento global. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera aumentou progressivamente, de um mínimo de 190 ppm há 21.000 anos, para aproximadamente 295 ppm no ano de 1900. A revolução industrial, na qual os humanos desenvolveram máquinas, começou na Inglaterra em 1760, ou seja, há mais de 260 anos. Em outubro de 2011, a população mundial atingiu 7 bilhões. Atualmente (fevereiro de 2022), a população mundial é de 7,957 bilhões. Atualmente (2022), a população mundial está aumentando cerca de 83 milhões por ano (1,1%). Hoje (2022), a frota global de veículos automotores é estimada em aproximadamente 1,446 bilhão. Os veículos motorizados respondem por 77% do consumo de energia relacionado ao transporte. A concentração de dióxido de carbono, que em 1900 era de 295 ppm, atingiu 316 ppm em 1959, ou seja, subiu para uma média anual de 0,36 ppm. As medições de dióxido de carbono desde 1959 (316 ppm) mostraram um aumento em 2022 para 418 ppm, ou seja, para uma média anual de 1,59 ppm. Durante as últimas duas décadas, a concentração de dióxido de carbono aumentou cerca de 2 ppm por ano. A concentração de dióxido de carbono aumentou 2,96 ppm em 2016, mais do que em qualquer outro ano. O ano de 2016 é o mais quente já registrado e 2020 o segundo mais quente. Os últimos seis (6) anos foram os mais quentes. Cerca de 91% do aumento anual do dióxido de carbono atmosférico é devido à queima de combustíveis fósseis. Os 9% restantes são atribuídos a mudanças antropogênicas no uso da terra, que têm o efeito de reduzir a absorção líquida de dióxido de carbono. As mudanças antropogênicas no uso da terra ocorrem quando as florestas são convertidas em pastagens, pastagens em áreas agrícolas e áreas agrícolas em áreas urbanas. Outros padrões de degradação da terra (desmatamento, pastoreio excessivo, cultivo excessivo, explosão urbana, desertificação e salinização) reduzem a absorção líquida de dióxido de carbono, contribuindo indiretamente, embora muito levemente, para o aquecimento global.